O TRABALHISMO É APOSENTADORIA

Uma das maiores realizações do TRABALHISMO no Brasil foi a instituição da aposentadoria e

das pensões para viúvas e viúvos.

No final do Século XIX e inícios do Século XX, foram estabelecidas caixas de assistência social por categorias profissionais, na medida que algumas categorias as conquistavam na sua luta sindical, ou por iniciativa de cada área.

Com a implantação de políticas que geraram o TRABALHISMO no Brasil com a Revolução de 1930, foram surgindo as leis trabalhistas, uma após outra, a partir de 1931.

Em 1933, começaram a ser implantados os Institutos de Aposentadorias e Pensões, por categorias de atividades profissionais, os famosos IAPs, nas diversas áreas, industriários, bancários, comerciários, servidores públicos, e assim por diante.

O centro das atividades dos IAPs era conceder e garantir aposentadorias e pensões para os

trabalhadores e trabalhadoras no Brasil. Cada trabalhador era descontado 8 % do seu salário e o empregador contribuía igualmente com 8 %. O Estado chegava junto e garantia o mesmo

valor de 8% do salário. Um sistema tripartite.

Mas além da aposentadoria, surgiu uma coisa igualmente espetacular: os Institutos garantiam

o tratamento à saúde do trabalhador. Hospitais foram construídos país afora e outras unidades de atendimento à saúde do trabalhador pelos Institutos. Ainda não havia o SUS, que foi introduzido pela Constituição de 1988.

Os trabalhadores participavam da gestão dos IAPs, assim como os empregadores e o próprio

Estado, numa gestão tripartite, com participação igual para cada um.

Garantia descentralização e controle por parte dos trabalhadores.

É preciso mencionar que em 1945 foi outorgada a Lei Orgânica dos Serviços Sociais para

atendimento nas outras áreas não cobertas pelos IAPs.

Aposentadoria e atendimento à saúde do trabalhador foi uma das questões fundamentais no

surgimento do TRABALHISMO no Brasil.

Vivaldo Barbosa